O secretário Wanderson de Oliveira,  ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário-executivo do Ministério, João Gabbardo -  Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O secretário Wanderson de Oliveira, ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário-executivo do Ministério, João Gabbardo Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Por MARTHA IMENES

'Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos, e sairemos juntos do ministério (da Saúde) juntos', com esta frase o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em coletiva que ele e os secretários Wanderson Oliveira, que anunciara sua saída da pasta ontem pela manhã, e João Gabbardo permanecerão no ministério. E garantiu que nada muda enquanto ele estiver à frente da pasta.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira havia pedido demissão em razão da provável saída de Mandetta do ministério devido às divergências com o presidente Jair Bolsonaro sobre o isolamento social como forma de conter a epidemia de coronavírus - Mandetta defende um isolamento amplo; Bolsonaro discorda e quer a retomada das atividades econômicas.

"Hoje teve muito ruído por conta do Wanderson. Já falei que não aceito. Wanderson continua, está aqui. Acabou esse assunto. Vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do Ministério da Saúde", declarou.

A expectativa é de que o ministro da Saúde seja demitido ainda esta semana por Bolsonaro, ainda mais depois de divergências por conta do isolamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que o presidente discorda e tem reiteradamente criticado e quebrado, ao cumprimentar pessoas nas ruas e passear por Brasília, provocando aglomerações.

Em coletiva o próprio Mandetta já deu como certa a sua saída, mas deixou claro que a decisão é de Bolsonaro. Segundo fontes, a equipe de Bolsonaro já está atrás do substituto. Entre os cotados estão médicos de fora da pasta e o número 2 do ministério, João Gabbardo, que é médico.

Na coletiva, questionado sobre a aceitação do cargo, Gabbardo disse que se Mandetta sair, sai com ele. Não presente à coletiva, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna, também deve sair com Mandetta.

 
Publicidade
Brasil já tem 1.736 mortes e 28.320 casos confirmados

O Brasil agora tem pessoas infectadas por coronavírus em todos os estados com a primeira vítima no Tocantins, o Brasil passa a ter mortos pela Covid-19 . Segundo balanço das secretarias estaduais da saúde são 28.320 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, com 1.736 mortes.

No início da madrugada de ontem, o Tocantins divulgou a primeira morte do estado: uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde de 47 anos, que estava internada desde o dia 18 de março na UTI de um hospital particular.

São Paulo tem 11.043 casos confirmados e 778 mortes em todo o estado.
O Rio de Janeiro confirmou 3.743 casos e 265 mortes. Ceará tem 2.291 infectados e 124 mortos, Pernambuco registrou 1484 casos e 143 mortes, Minas Gerais tem 903 casos e 30 mortes e Santa Catarina tem 884 casos e 29 mortes.

O Rio Grande do Sul tem 747 casos confirmados do novo coronavírus e 19 mortes e o Paraná chegou a 816 casos e 41 mortes.
 
Você pode gostar
Comentários