Também em entrevista ao Estado, publicada no domingo, FHC afirmou que não via elementos para um impeachment. "O impeachment é traumático, deixa marcas. Não vejo que se aplique ao caso atual".
Ontem, o ex-presidente voltou ao assunto em sua conta do Twitter: "Um ex-deputado fala em complô meu com Maia e (o governador de São Paulo, João) Doria para derrubar Bolsonaro. Nada mais errado: não quero tal. Melhor ter paciência histórica. Respeito o voto popular. Discordar é normal, sem derrubadas. Coesão contra o vírus, é preciso. Não intrigas", escreveu Fernando Henrique.
Aliado
Líder da "tropa de choque" que defendeu o ex-presidente Fernando Collor, alvo de processo de impeachment em 1992, e delator do escândalo do mensalão, pelo qual foi condenado a 7 anos de prisão, Jefferson passou a ser aliado de Bolsonaro recentemente. Desde domingo, o presidente e seu entorno vêm divulgando declarações de Jefferson sobre um suposto plano do Congresso para tirar poder do Planalto.
Além de FHC, lideranças políticas repudiaram as falas de Jefferson. Antigo aliado de Bolsonaro, o senador Major Olímpio (SP), líder do PSL, classificou a fala como uma "teoria louca de conspiração".