O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse, ontem, que vai apresentar uma ação na Justiça para impedir a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. Ramagem está no centro da crise que levou ao pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro.
O delegado é o nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro em substituição a Maurício Valeixo, que foi demitido na sexta-feira. Ramagem é, atualmente, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi chefe da segurança do presidente durante a campanha eleitoral de 2018.
Em uma postagem nas redes sociais, Freixo foi categórico em sua decisão: "Estou apresentado uma ação para impedir que Alexandre Ramagem assuma a chefia da Polícia Federal. Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro em 2018 e é amigo dos filhos do presidente. Jair (Bolsonaro) quer transformar a PF numa polícia política a serviço do clã. Não vamos deixar".
Alexandre Ramagem, 47 anos, ingressou na PF por meio de concurso público em 2005. No ano passado, chegou a ser nomeado superintendente no Ceará, mas nem assumiu, sendo logo convidado a trabalhar em Brasília, como auxiliar direto do então chefe da Secretaria de Governo Carlos Alberto Santos Cruz. Assumiu a chefia da Abin após forte lobby dos filhos do presidente Bolsonaro.
