O prefeito de São Paulo, Bruno Covas -  Francisco Cepeda / Parceiro/Agencia O Dia
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas Francisco Cepeda / Parceiro/Agencia O Dia
Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou, na manhã desta sexta-feira, que o município tem trabalhado para evitar longas filas nas agências da Caixa Econômica Federal, mesmo que o governo federal não tenha solicitado ajuda, e aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro.

"(Eles) não pediram a nossa ajuda, mas mesmo assim decidimos ajudar. O que acontece em São Paulo, de certa forma, também é nossa responsabilidade. Aqui não tem 'e daí?'", disse o prefeito, em alusão à resposta que Bolsonaro deu quando foi questionado na quarta-feira, sobre o aumento do número de mortes causadas pelo novo coronavírus (covid-19).

Covas, que deu a declaração à GloboNews, afirmou que a prefeitura tem ajudado tirando dúvidas da população em relação aos auxílios emergenciais e tem enviado profissionais da Guarda Municipal e da Saúde para organizar as filas nas agências. "Nem isso a Caixa está fazendo", disse o prefeito.

O tucano também rebateu declaração de Bolsonaro de que os estados e municípios não estão conseguindo achatar a curva dos novos casos de coronavírus. O prefeito ressaltou que o número de mortes seria "muito maior" se não fossem as medidas de isolamento social.

"Se o presidente colaborasse, pelo menos orientando as pessoas a ficar em casa, talvez não tivéssemos esse índice de preocupante de 48% das pessoas ficando em casa", afirmou o prefeito. O ideal, segundo o governo do estado, é que o índice seja de pelo menos 60%.