O comunicado é a mesmo que foi divulgado em 18 de maio. Há semanas, secretários de educação, universidades e estudantes pediam a mudança da data da prova por causa da pandemia do novo coronavírus. Estudantes que entrarem no site vão ficar confusos porque o cronograma da prova também ainda mantém as datas antigas.
Pressionado, o MEC anunciou na quarta, por meio de nota à imprensa, que o exame seria adiado para data ainda não definida, podendo ocorrer entre 30 e 60 dias depois de 1º de novembro. Na quarta-feira, após o anúncio, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chegou a dizer que não acreditava no ministro Abraham Weintraub e queria que o presidente Jair Bolsonaro anunciasse o adiamento do Enem. O presidente acabou confirmado a decisão em sua conta no Twitter.
Deputados ligados à educação, como Tábata Amaral (PDT-SP) e Idilvan Alencar (PDT-CE), disseram o mesmo e defendiam que o assunto fosse votado na Câmara para garantir que o Enem não seja realizado no começo no novembro.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a decisão de adiar o exame pegou a equipe técnica do Inep de surpresa e causou mal-estar. Uma reunião sobre o assunto ainda seria feita na quarta. Procurado, o Inep informou que o que vale é a nota enviada à imprensa por volta das 15 horas da quarta-feira. O Enem já tem quatro milhões de inscritos, que se informam pelo site do Enem. Mesmo quase 24 horas depois, o site ainda não havia sido atualizado.