"Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do presidente da Repúbica e na segurança institucional do país", escreveu o ministro na nota, distribuída a jornalistas pelo Palácio do Planalto. "O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre o poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional", acrescentou Heleno.
O pedido de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos Bolsonaro foi feito em notícias-crimes enviadas mais cedo pelo PDT, PSB e PV ao Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura a suposta tentativa de intervenção do presidente na Polícia Federal. O pedido, recebido pelo ministro Celso de Mello, foi encaminhado diretamente ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para manifestação.