Especialistas alertam para equívoco na contabilização dos óbitos - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Especialistas alertam para equívoco na contabilização dos óbitosEstefan Radovicz / Agencia O Dia
Por O Dia

Para a pesquisadora do Centro de Estudos de Gestão de Serviços de Saúde da UFRJ Chrystina Barros, a mudança no método de contabilização dos óbitos "não ajuda em nada na tomada de decisões rápidas. Nem sempre há tempo para confirmação laboratorial de que (o óbito) foi provocado pelo novo coronavírus", afirma a pesquisadora.

Ela explica que, com a metodologia, há redução de 40% das mortes, podendo interferir na retomada da mobilidade urbana. "As informações clínicas dos pacientes são as mais adequadas neste momento, porque precisamos desses dados para planejar o retorno da mobilidade urbana".

A geriatra e psiquiatra Roberta França alerta para os riscos da subnotificação: "Minimiza tudo o que está acontecendo em termos de pandemia. Se eu tenho 25 mil óbitos, que na verdade são 50 mil, é uma mudança radical que teria que ser feita na saúde pública. O restante do mundo foi se organizando e melhorando suas estratégias. Nós estamos retrocedendo no combate à pandemia", diz a médica, que reforça a necessidade da testagem em massa.

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