Frederick Wassef - Daniel Castelo Branco / Agência O DIA
Frederick WassefDaniel Castelo Branco / Agência O DIA
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O advogado Frederick Wassef disse que o ex-assessor Fabrício Queiroz estava "jurado de morte" e que ofereceu sua casa em Atibaia (SP) para ele por ter se "sensibilizado" com o estado de saúde do ex-policial militar, que trataria de um câncer em São Paulo. Em entrevista à revista Veja, Wassef afirmou, no entanto, que não manteve contato com Queiroz, mas que "fez chegar ao conhecimento dele" a disponibilidade do imóvel onde o ex-assessor foi preso, na semana passada.
O advogado declarou ainda que, ao abrigar Queiroz, acabou "protegendo" Jair Bolsonaro de uma trama para matar o ex-PM e culpar o presidente pelo crime. "Havia um plano traçado para assassinar Fabrício Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro que o matou em uma suposta queima de arquivo para evitar uma delação", afirmou Wassef. "Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele (Queiroz) seria executado no Rio de Janeiro Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro", disse.
Publicidade
Para o Ministério Público do Rio, Wassef atuou para ocultar o paradeiro do ex-assessor, com restrições de comunicação e ordens para faltar a depoimentos. Logo após a prisão de Queiroz, o advogado alegou ser vítima de uma "armação" e negou ter escondido o ex-PM.
Wassef deixou a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no inquérito da "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio, investigação da qual Queiroz é alvo.