Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro - Reprodução Redes Sociais
Carlos, Eduardo e Flávio BolsonaroReprodução Redes Sociais
Por O Dia
Rio - Assessores de políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro recebiam dinheiro público para movimentar redes de fake news, aponta a investigação do Facebook que levou à derrubada de perfis bolsonaristas nas redes sociais no início de julho. As informações foram reveladas pelo programa Fantástico deste domingo.
Após a reportagem ir ao ar, redes bolsonaristas subiram a hashtag #GloboLixo, que chegou aos trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter no Brasil.
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Segundo a reportagem, um dos perfis é do próprio assessor especial da presidência, Tércio Tomaz, que recebe um salário de mais de R$ 13 mil e movimentava duas contas anônimas chamadas "Bolsonaro News", veiculando informações falsas a favor do presidente.
Além dele, dois assessores ligados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro operavam contas de fake news derrubadas pela rede social: Eduardo Guimarães e Paulo Eduardo Lopes, também conhecido como Paulo Chuchu. Guimarães já havia sido descoberto durante a CPMI das Fake News, por usar um computador da própria Câmara dos Deputados para criar uma conta de fake news chamada "Bolsofeios". Já Paulo Chuchu teve seis contas derrubadas; quatro delas simulavam se tratar de uma redação de jornal, como "The Brazilian Post".
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A investigação também revelou a participação de assessores ligados ao filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, e de Leonardo Rodrigues de Barros, assessor da deputada estadual Alana Passos (PSL-RJ), que recebia um salário de mais de R$ 6 mil e teve oito páginas bolsonaristas de notícias falsas derrubadas.
O programa informa ainda que as investigações serão encaminhadas à Polícia Federal, e que Paulo Chuchu e Leonardo Rodrigues de Barros Neto informaram que o Facebook removeu suas contas por "equívoco", em uma decisão "sem fundamento".