A criança era violentada desde os 6 anos de idade - segundo o médico responsável, ela passa bem - Marcello Jr/Agência Brasil
A criança era violentada desde os 6 anos de idade - segundo o médico responsável, ela passa bemMarcello Jr/Agência Brasil
Por IG - Último Segundo
Espírito Santo - Preso na madrugada desta terça-feira (18) na cidade de Betim, na Grande Belo Horizonte, após dez dias foragido, o tio da menina de 10 anos que engravidou após ser violentada por ele afirmou que os dois tinham um relacionamento e que os estupros eram consensuais. Segundo a lei, não há possibilidade de que relação consensual ocorra antes dos 14 anos de idade.

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"A menina tem apenas 10 anos de idade, ele diz que tinha um relacionamento com ela, mas isso não justifica, porque ela é menor e não tem nenhuma capacidade de discernimento, de entender o que está acontecendo", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda. O homem revelou de forma extra-oficial que cometia os abusos desde 2019.
O relato da criança à polícia contradiz a fala do homem. Segundo a menina, ela sofria os abusos desde os seis anos de idade e era ameaçada pelo homem para não contar a ninguém.
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A polícia afirmou, ainda, que mobilizou equipes no interior da Bahia após uma denúncia, mas prendeu o homem na cidade de Betim, em Minas Gerais. Ele estaria sendo acobertado por familiares e decidiu se entregar porque temia pela própria vida.
"As equipes inicialmente foram para a Bahia, onde fizeram diligências e ele já não estava. A partir de então, a informação é de que ele foi para a região de Belo Horizonte. Após o monitoramento, nós identificamos onde possivelmente ele estaria”, afirmou o delegado Icaro Ruginski, responsável pela investigação. O delegado explicou que o contato foi feito com o suspeito e ele não resistiu à prisão.
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"Verificou-se que ele já não tinha mais possibilidade de fuga e ele já temia pela própria integridade física. Ele tinha medo de morrer então ele resolveu se entregar à ação policial e nós efetivamos a prisão dele", explicou Ruginski. Apesar de acobertar o suspeito, os familiares não devem sofrer sanções penais.