"Se eu fosse ele [Chico Rodrigues], eu pediria uma licença por 121 dias para não ter nenhuma dúvida de que ele quer, de fato, esclarecer a verdade. E a verdade, com certeza, será na medida em que este inquérito poderá transformar em processo e ele, o que alega na própria representação, poderá certamente tentar coagir do exercício do mandato alguma pessoa ou outra, quem quer que seja, para que naturalmente não seja retratada a verdade", declarou Jayme Campos nesta segunda-feira.
Na semana passada, durante uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão, Chico foi flagrado com R$ 33 mil na cueca. O parlamentar nega as acusações e alega que o dinheiro serviria para pagar funcionários.
Após a operação, que apura suposto esquema de desvio de recursos públicos, partidos políticos protocolaram uma representação no Conselho de Ética no Senado com o objetivo de cassar o mandato de Chico Rodrigues. A representação dos partidos contra Rodrigues será encaminhada à Advocacia-Geral do Senado.
Jayme ainda disse que para o conselho se reunir, uma resolução precisa ser derrubada, assim permitindo reuniões presenciais do conselho. "É humanamente impossível, você não pode, em hipótese alguma, votar remotamente uma matéria tão importante como a cassação ou possível cassação ou alguma pena que possa receber o senador Chico Rodrigues", declarou Jayme Campos.