As reuniões começam a partir desta terça - Itamar Crispim/Fiocruz
As reuniões começam a partir desta terçaItamar Crispim/Fiocruz
Por Maria Clara Matturo*
Brasília - Um brasileiro, de 28 anos, que era voluntário nos estudos contra a covid-19, morreu por complicações da doença na última quinta-feira. A vítima é João Pedro Feitosa, ex-aluno do curso de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O teste clínico em questão é da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulamenta as pesquisas, foi informada oficialmente sobre o óbito nesta segunda-feira, e o caso está sob avaliação. 
Os desenvolvedores da vacina já enviaram para a Anvisa informações do caso analisado pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança, segundo a Agência. Apesar de não ter dito se o voluntário teria recebido uma dose de placebo ou a vacina, o Comitê sugeriu que os estudos continuem. 
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A Anvisa afirmou, em nota, que os dados sobre os voluntários são mantidos sob sigilo, mas reforçou que “a Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira”. A Anvisa também afirmou que o sigilo faz parte da ética prevista nos protocolos e que as "as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação".