A SE 43 considera o período entre 18 e 24 de outubro. O termo semana epidemiológica é empregado para analisar a evolução de uma determinada pandemia. Nesta semana foram registrados 156.273 novos casos, 10% a mais do que na SE anterior, quando foram notificados 14.1725.
Entre a SE 42 e a 41, a queda havia sido de 19,4%. A retomada do crescimento ocorreu em todas as regiões. Os maiores índices de crescimento se deram no Norte (35%), Sul (21%), Centro-Oeste (11%), Sudeste (4%) e Nordeste (2%).
A diminuição, contudo, representa uma desaceleração em relação à SE 42, quando a redução foi de 17,5% em relação à anterior. Na distribuição por regiões, a queda foi maior no Sudeste (-29%) e no Centro-Oeste (-15%), mas houve crescimento no Norte (14%) e Sul (9%).
Programa Vigiar SUS
Serão ampliados os Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde - responsáveis por fazer detecção imediata de riscos epidemiológicos, avaliar, emitir alerta e elaborar plano técnico. As estruturas serão levadas a todas as capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes.
O programa de formação de epidemiologistas do SUS será ampliado, visando ampliar estes profissionais especializados e equipes de pronta resposta. A previsão do governo é de aumento de 89% das vagas e de 117% para formação avançada.
Nos hospitais, há a promessa de investimento para ampliar de núcleos de epidemiologia de 238 para 675 unidades. A detecção de vírus e síndromes respiratórias será incentivada a ocorrer de forma precoce. Isso, explicou Arnaldo de Medeiros, facilita a participação e os benefícios em empreitadas de pesquisa sobre vacinas internacionais, como o consórcio atual da OMS.
O Vigiar SUS tem ainda ações previstas no programa de imunização, em que já foram anunciadas parcerias como a da vacina de Oxford no caso do coronavírus.
Está previsto também um inquérito soroepidemiológico para estimar a prevalência do coronavírus no Brasil. Ele será feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e abarcará aproximadamente 600 mil pessoas em 3.364 municípios.
Leitos estratégicos
“A gente tem de discutir a situação dos leitos de UTI. A gente conseguiu incorporar muitos na rede, parte está sendo desabilitada mas parte precisa ser mantido como reserva estratégica e necessários à manutenção do sistema. A gente sabe que é impossível conseguir tudo, pois recursos são finitos, mas a manutenção deste leitos de UTI para o próximo ano é fundamental para o equilíbrio do SUS”, defendeu Lula.