Em 2015, o STF considerou o voto impresso inconstitucional  - EVARISTO SA / AFP
Em 2015, o STF considerou o voto impresso inconstitucional EVARISTO SA / AFP
Por iG Último Segundo
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso em suas tradicionais lives transmitidas pelas redes sociais. O mandatário defende que o sistema já esteja operando para as eleições de 2022. No entanto, um estudo desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estimou que o novo modelo pode custar R$ 2,5 bilhões em 10 anos.


O voto impresso chegou a ser aprovado pelo Congresso, em 2015, mas foi barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ser considerado inconstitucional. Um novo projeto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-SC) propõe alterar a Constituição, sendo assim necessários 308 dos 513 deputados e no Senado por 49 dos 81 senadores. Para obter o voto impresso seria necessário trocar todas as urnas disponíveis hoje em substituição por novas com impressoras acopladas.


Nas eleições presidenciais de 2018, o voto impresso já poderia ter sido utilizado, sendo que, naquele momento, 35 mil novos equipamentos seriam comprados em um universo de 600 mil urnas. Cada urna eletrônica com impressora custaria cerca US$ 600 atualmente. O TSE pretendia trocar os equipamentos gradativamente no decorrer de 10 anos.

Deputados contrários ao projeto argumentam que a contagem manual pelo voto impresso abre margem para fraudes. A medida de Bia Kicis foi aprovada pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara no fim do ano passado.