Capacidade de produção é de 1,5 milhão de doses por dia no Instituto Butantan - AFP
Capacidade de produção é de 1,5 milhão de doses por dia no Instituto ButantanAFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que a retomada dos testes para produção da vacina Coronavac, contra a covid-19, depende agora de o Instituto Butantã acionar o Comitê Internacional Independente, responsável por dar um parecer sobre a realização dos testes, com informações detalhadas.
A Anvisa justificou a decisão de suspender os testes na segunda-feira, 9, apontando o envio de informações incompletas e por canais errados por parte do instituto paulista após um evento grave não esperado relacionado à vacina, em São Paulo. Segundo apuração do Estadão, o evento foi o suicídio de um voluntário. O Butantã argumenta que a ocorrência não tem relação com o produto.
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"Não houve envio para esta agência, via e-mail, via sistema, nada, nenhum relatório com detalhamento foi encaminhada para esta agência", declarou a diretora da Anvisa Alessandra Bastos, responsável pela área de medicamentos do órgão, durante coletiva de imprensa.
De acordo com a Anvisa, se as informações chegarem oficialmente, será possível avaliar o prosseguimento da vacina desenvolvida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. "Permitir o prosseguimento sem que tudo fosse devidamente esclarecido seria uma irresponsabilidade, beirando a prática criminosa", disse o presidente da agência, Antonio Barra Torres.