Aglomeração na orla pode levar a aumento de casos de covid e colapso nos hospitais. Até sexta, o estado registrava mais de 24 mil mortes pela doença - Daniel Castelo Branco
Aglomeração na orla pode levar a aumento de casos de covid e colapso nos hospitais. Até sexta, o estado registrava mais de 24 mil mortes pela doençaDaniel Castelo Branco
Por Agência Brasil
O último balanço da evolução da pandemia do novo coronavírus no país indicou um aumento de 6% nos casos e de 11% nas mortes por covid-19.

Segundo o Boletim Epidemiológico número 41 do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (17), na semana epidemiológica 50, de 6 a 12 de dezembro, foi registrada média diária de 43.279, contra 40.986 na semana epidemiológica anterior.

A curva de casos de covid-19 subiu a partir de março, atingiu seu pico em julho e começou a cair, ainda que de forma irregular, desde agosto. Em novembro, esta tendência se inverteu, com uma subida mais intensa do que no 1º semestre do ano, especialmente a partir da semana epidemiológica 46. O país saiu da média de menos de 20 mil infectados nesta semana para 43 mil no início de dezembro.

O boletim também marcou média diária de 642 mortes na semana epidemiológica 50, 11% acima das 581 da semana epidemiológica anterior. No total, foram 4.495 vidas perdidas para a covid-19. Ainda não foram consolidados dados acerca desta semana, mas no dia 17 o Brasil voltou a bater a marca de mais de 1 mil mortes por dia.

A curva de mortes por covid-19 subiu e ficou estável (em um platô, nos termos técnicos das autoridades de saúde) entre maio e agosto, quando iniciou um movimento de queda. Assim como nos casos, o ponto de inflexão ocorreu no início de novembro, com um elevação da curva, embora em menor intensidade do que na curva de casos.

A taxa de incidência (casos por 100 mil habitantes) ficou em 3.274. Já a taxa de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) foi de 86,2.

Regiões
O movimento de retomada das curvas de casos e óbitos é diferente em cada região do país. As curvas de casos são íngremes especialmente no Sudeste, com 106.383 novos casos de covid-19 na semana epidemiológica 50, Sul, (85.419 novos casos) e Nordeste (67.908). Já Centro-Oeste (24.663) e Norte (18.577) tiveram aumentos mais tímidos.

No caso das curvas de mortes, o Sudeste aparece de forma mais destacada, com 2.158 novas mortes por covid-19 na semana epidemiológica 50. Em seguida vêm o Sul (1.105), Nordeste (710), Centro-Oeste (310) e Norte (212).

Em relação aos estados, na semana epidemiológica 50 foram 13 os que tiveram incremento de casos, 6 ficaram estáveis e 8 tiveram redução. Entre os aumentos os mais representativos foram os de Sergipe (182%) e Ceará (99%). As quedas mais fortes ocorreram no Piauí e no Acre (-20%).

Já quando consideradas as mortes pelo novo coronavírus, 19 Unidades da Federação tiveram crescimento, três ficaram estabilizadas e cinco foram marcadas por diminuição dos índices. Os maiores acréscimos se deram no Rio Grande do Norte (59%) e Paraíba (49%). Já as quedas mais efetivas ocorreram em Roraima (-35%) e no Amazonas (-26%).