Madalena publica fotos em uma rede social que acumula mais de 16 mil seguidores - Reprodução
Madalena publica fotos em uma rede social que acumula mais de 16 mil seguidoresReprodução
Por O Dia
Minas Gerais - Em janeiro, o Fantástico mostrou a história de Madalena Gordiano, 46 anos, que foi mantida em condições análogas à escravidão por uma família da cidade de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais, por 38 anos. No final do ano passado, ela foi resgatada, já a família está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho. Poucos mais de dois meses, Madalena surge na internet com novo visual e vive nova fase na vida. 
Na nova rotina, Madalena resolveu a adotar o cabelo longo, depois de viver anos com ele curto, já que era obrigada a ter a madeixa raspada. Durante todos esses anos, ela vivia com poucos pertences, roupas simples e precisava viver com a cabeça abaixada. 
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Aos poucos, Madalena vai descobrindo um novo mundo, desfrutando da liberdade que foi tirada durante anos. Ela, inclusive, já posou para um ensaio fotográfico. Madalena publica fotos em uma rede social que acumula mais de 16 mil seguidores.
Na reportagem do Fantástico, foi revelado que Madalena era responsável por trabalhos domésticos, mas não recebia salário nem férias e vivia reclusa, sob a vigilância dos patrões. Madalena contou que, aos oito anos de idade, estava com fome e bateu na porta da casa da professora Maria das Graças Milagres Rigueira para pedir um pão. De acordo com o relato da vítima, a resposta que recebeu foi: “Não vou te dar não. Você vai morar comigo".
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Ela foi impedida de estudar e não viveu a sua vida desde a infância. Alguns anos depois Maria das Graças resolveu que Madalena ficaria com o professor universitário Dalton Cesar Milagres Rigueira. Lá, ela continuou submetida à jornada sem folga, começava às 4h da manhã e trabalhava todos os dias da semana.
Em 2001, se casou com um tio da esposa de Dalton, que era ex-combatente e deixou pensão de R$ 8 mil para ela. Entretanto, Dalton controlava todo o dinheiro e só repassava a ela R$ 200.
A situação de Madalena foi descoberta quando ela começou a enviar bilhetes aos vizinhos, em pedaços de guardanapo e folhas de caderno, pedindo produtos básicos de higiene pessoal e dinheiro. “Me empresta um sabonete para tomar banho. Você recebe minha oração. Madalena”, dizia um dos recados. Ela foi libertada após investigação do Ministério do Trabalho e ação da Polícia Federal.
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