Publicado 26/02/2021 19:02 | Atualizado 27/02/2021 18:34
Rio Branco - O jornalista João Renato Jácome foi exonerado da Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco após questionar o presidente Jair Bolsonaro, em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, a respeito de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que favoreceu seu filho Flávio (Republicanos-RJ). A medida foi autorizada pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas).
Na ocasião, Jácome, que era chefe de gabinete da secretaria, estava de folga e trabalhava como freelancer sem vínculo empregatício para o jornal "O Estado de S. Paulo". Ao ser perguntado qual era a sua avaliação sobre a decisão do STJ, Bolsonaro interrompeu o jornalista e encerrou a coletiva.
Na ocasião, Jácome, que era chefe de gabinete da secretaria, estava de folga e trabalhava como freelancer sem vínculo empregatício para o jornal "O Estado de S. Paulo". Ao ser perguntado qual era a sua avaliação sobre a decisão do STJ, Bolsonaro interrompeu o jornalista e encerrou a coletiva.
"Minha família está abalada. Recebi mensagens pelas redes sociais de que eu devia morrer, de que devia levar porrada, de que eu era comunista e um desgraçado. Minha vida ficou de cabeça pra baixo", relatou Jácome em entrevista ao site Congresso em Foco.
Já Tião Bocalom, que foi apoiado por Bolsonaro nas eleições municipais, negou que o motivo da demissão tenha sido a pergunta feita por Jácome. "Eu o demiti porque ele estava em horário de serviço, trabalhando para o jornal Estadão. Como comissionado ele não poderia fazer isso. Ele diz que estava de folga, folga de quê? Não tem folga, não", disse.
A decisão da 5ª Turma do STJ, que beneficia Flávio Bolsonaro, se refere a anulação da quebra de seus sigilos bancários e fiscais no caso em que respondia pelos supostos desvios de recursos parlamentares quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.
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