Após recorde de mortes por covid, Bolsonaro critica quem quer culpá-lo
O chefe do Executivo voltou a defender o tratamento precoce, sem comprovação científica, e criticou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta
Rio - Pela primeira vez após o País superar 250 mil mortes, há quase uma semana, e no dia em que o Brasil bateu o recorde diário de óbitos por covid-19, com 1.726 óbitos, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa e 1.641 segundo o Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar diretamente sobre o assunto. Mas, o chefe do Executivo manteve o discurso, se eximiu de qualquer culpa sobre a condução das ações e novamente apresentou dados, sem comprovação, para minimizar os efeitos da pandemia no Brasil.
"O Brasil é o 20º país do mundo em mortes por milhão de habitantes. Têm outros países com IDH, renda e orçamento melhor que o meu em que morrem mais gente", afirmou, para, retomar, também, a defesa do tratamento precoce da covid-19 e a criticar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
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"E por que está morrendo menos gente aqui? Tem que ter uma explicação. Seria o tratamento precoce?", indagou. "Se ficar em casa, até sentir falta de ar, como dizia o sr. Mandetta, você vai para o hospital para ser entubado. E se for entubado, você sabe, né? Em torno de 60% a 70% das pessoas infelizmente entra em óbito",completou o presidente antes de cobrar investimentos em mais Unidades de Terapia Intensiva (UTI). "Devemos investir em UTI, sim. Que salve 1%, mas você tem de investir em UTI."