Variante sueca do coronavírus é detectada em São PauloReprodução

Por IG Saúde
Rio - O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou nesta sexta-feira, que há 38 casos confirmados da variante P.1 do novo coronavírus em todo o estado. São casos autóctones, ou seja, não são importados, têm transmissão local. Essa variante, que surgiu em Manaus, pode ser mais transmissível e responsável pelo aumento descontrolado no número de novos casos de covid-19.
Segundo o secretário, um caso foi registrado na capital paulista, dez na cidade de Jaú, 12 em Araraquara, três em Lins, um em Pederneiras, quatro em Lençóis Paulista, dois em São José dos Campos, três em Bauru, um em Bocaína e um em Dois Córregos. Além disso, o estado tem seis casos confirmados da variante do Reino Unido – cinco na capital paulista e um em Guarulhos.

“São cepas já autóctones, ou seja, elas estão circulando na nossa população, e é exatamente por isso a velocidade de contaminação de uma pessoa para outra”, disse Gorinchteyn.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o secretário destacou que, a cada dois minutos, três pessoas são internadas no estado por causa do novo coronavírus. A situação atual da pandemia no estado de São Paulo alertou ele, é de guerra, mas diferente da que se costuma ver nos filmes.

“Estamos em guerra. Diferente das guerras que costumamos ver nos filmes, que nossas gerações não viveram, com tiros e bombas e mortos espalhados pelas ruas, nós temos isso nos hospitais. Essa realidade é vista por quem está na linha de frente, por aqueles que estão esperando para saber o que fazer na sua escolha de quem vai viver ou morrer; naqueles parentes que, sem poder visitar, do lado de fora, choram aguardando notícias - e muitos têm a triste notícia da perda dos seus familiares", disse o secretário.
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“Estamos na maior crise pandêmica do nosso país, com o maior número de mortos por dia. Isso é inadmissível. Temos que conter essa velocidade de expansão da pandemia”, advertiu Gorinchteyn.

Nesta semana, o estado de São Paulo bateu recordes do número de mortos registrados em um dia e também de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs). A ocupação de leitos de UTI, que estava em 68% na semana passada, já está em 77% hoje.