O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)Sergio Andrade/Governo de SP

Por ESTADÃO CONTEÚDO
O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou o governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC), por flexibilizar medidas de contenção da disseminação do novo coronavírus.
Castro é um dos cinco governadores que retiraram seu nome de carta assinada em conjunto, chamada de "Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde". Também retiraram o nome do documento os governadores do Amazonas, Rondônia, Paraná e Santa Catarina.
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"Lamento que o Rio de Janeiro, onde vivi parte da minha vida e conheci a minha esposa e tenho tantos e tantos amigos, ao invés de ter medidas que restrinjam - e com isso protejam a sua população - façam exatamente o caminho oposto. Mas não cabe a mim fazer esse juízo. Esse juízo deve ser da população do Rio de Janeiro", disse Doria.
Ao comentar sobre possíveis restrições a viagens interestaduais, o governador declarou que "não fará restrições aos nossos vizinhos, nós somos um só País". Durante sua fala, o governador voltou a fazer críticas ao governo federal, dizendo que "lamentavelmente" não há uma coordenação nacional para o combate à pandemia. Segundo Doria, são os governadores, principalmente os que assinaram o pacto nacional, que estão comprometidos nessa coordenação, e reforçou que espera que os outros governadores que não assinaram o pacto "possam refletir sobre isso".
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Doria destacou o trabalho dos governadores que assinaram o pacto "Todos esses 22 governadores estão trabalhando, inclusive em alguns casos consorciadamente, para a aquisição de mais vacinas independentemente do governo federal, que sistematicamente diz que comprou vacinas, comprou vacinas e comprou vacinas. O que nós precisamos é das vacinas, e não do anúncio das vacinas. Pessoas querem vacinas no braço, e não no papel. Não é isso que está acontecendo", disse.
Prefeituras
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Ao anunciar as novas medidas restritivas para conter a disseminação da covid-19 no Estado, Doria fez um apelo para que o prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), mobilizasse prefeituras regionais, subprefeituras e todo o sistema de vigilância sanitária "para uma ação mais rigorosa diante da situação de emergência que nós estamos agora".
Ressaltando que a Vigilância Sanitária é fundamentalmente uma responsabilidade municipal, o apelo do governador se estendeu a prefeitos da região metropolitana, do interior e do litoral do Estado. "Sejam solidários com os seus concidadãos, sejam solidários e atuem para defender aqueles que fazem o correto" disse, ao defender aqueles que adotam as medidas de distanciamento social. Ao fazer o pedido, Doria reforçou: "Estamos numa fase emergencial, isso exige também uma ação emergencial da vigilância."