Gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, durante depoimento na CPI da CovidJefferson Rudy/Agência Senado
CPI da Covid: Pfizer procurou embaixada do Brasil em agosto para ter resposta sobre vacina
Documento foi anexado como prova na CPI que a apura as responsabilidades do Governo Federal durante a pandemia
Brasília - A Pfizer procurou a embaixada brasileira em Washington (EUA) para pedir ajuda junto ao governo brasileiro para obter uma resposta sobre a compra dos imunizantes pelo Brasil. O fato aconteceu em 27 de agosto do ano passado, como mostra um documento enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. As informações são da TV Globo.
Ainda segundo informações que constam no documento, a Pfizer informou que o Brasil precisava dar uma resposta, senão a proposta expirava. "Ressaltaram que o prazo para o governo brasileiro formalizar interesse na compra da vacinação expirará em 29 de agosto corrente, conforme estipulado na proposta. Expressaram receio de que a empresa não possa garantir o fornecimento da quantidade de doses da vacina deseja pelo Brasil, caso não receba a confirmação de interesse até 29/8", diz um trecho do comunicado.
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Antes disso, a empresa chegou a apresentar três propostas de vendas de vacinas ao Governo Federal. De acordo com o documento, essas ofertas ocorreram em 14, 18 e 26 de agosto, dias antes da empresa procurar a embaixada brasileira por falta de resposta.
O Governo Federal está sendo investigado pela CPI da Covid por conta das recusas em responder a Pfizer, além da recomendação de medidas contrárias ao que indicam infectologistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com alguns senadores, o Brasil já teria vacinado uma parcela maior da população se tivesse fechado o contrato com a empresa ainda em 2020.
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