O senador Renan Calheiros, relator da CPIJefferson Rudy/AgÊncia Senado

Por ESTADÃO CONTEÚDO
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), expôs a estratégia da comissão para avançar nas investigações e apontar provas contra o governo do presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia do novo coronavírus. Durante sessão nesta sexta-feira da CPI para ouvir especialistas contrários a medidas defendidas por Bolsonaro, o senador afirmou que a comissão está fazendo estudos para apontar quem será investigado e responsabilizado.
"A partir de agora, nós vamos, com relação a algumas pessoas que por aqui já passaram, tirá-las da condição de testemunha e colocá-las definitivamente na condição de investigadas para, com isso, demonstrar a fase seguinte do aprofundamento da nossa investigação", afirmou Renan.
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O relator e outros membros da CPI reagiram ao anúncio de Bolsonaro, feito na quinta-feira, para desobrigar o uso de máscaras por quem já se vacinou ou teve a doença, mesmo antes da normalização do quadro sanitário. "Nós temos um Jim Jones na Presidência da República. A diferença para o americano é que o americano induziu ao suicídio e o que está na Presidência da República do Brasil induz à continuidade dessa tragédia e desse morticínio", afirmou o senador, em referência ao religioso que induziu ao suicídio em massa de fiéis, em 1978.
Nesta sexta , Bolsonaro voltou a defender a dispensa da máscara para este grupo, mas, depois de receber muitas críticas, ajustou o discurso sobre o tema dizendo que a decisão final será do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e principalmente de governadores e prefeitos.