Conforme o jornal, o representante da Davati Medical Supply, Luiz Dominguetti, disse ter recebido o pedido de propina de US$ 1 por dose de imunizante para fechar o contrato com a pasta. A cobrança, segundo ele, teria sido feita por Dias em um jantar em Brasília.
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A nomeação de Roberto Dias se deu no governo do presidente Jair Bolsonaro(sem partido), quando a pasta da Saúde ainda era liderada pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Apontado como indicação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), ele foi nomeado em 8 de janeiro de 2019. Barros, no entanto, disse desconhecer "totalmente" a denúncia de propina e afirmou que Dias não foi sua indicação.
Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Assim, repito, não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati.
Em outubro de 2020, Bolsonaro pediu a retirada da tramitação de Dias para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), substituindo Alessandra Bastos Soares.
De acordo com publicação do Diário Oficial da União (DOU) em fevereiro deste ano, Dias é apontado como signatário dos contratos firmados pelo Ministério da Saúde para a compra dos imunizantes Sputnik (de R$ 693,6 milhões) e Covaxin (de R$ 1,6 bilhão).