Senadores temem que o Planalto derrube a CPI durante recesso
Com o recesso, é provável que muitos parlamentares sejam atraídos pelo governo, desistindo de apoiar o pedido de prorrogação da CPI
A prorrogação foi pedida pelo vice-presidente da comissão Randolfe Rodrigues. Ela contou com 31 assinaturas, apenas quatro a mais do que o necessário, mas o pedido só será votado após o recesso. - Jefferson Rudy/Agência Senado
A prorrogação foi pedida pelo vice-presidente da comissão Randolfe Rodrigues. Ela contou com 31 assinaturas, apenas quatro a mais do que o necessário, mas o pedido só será votado após o recesso.Jefferson Rudy/Agência Senado
Por iG
O grupo majoritário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado Federal, o chamado G7, teme que o Governo Bolsonaro consiga se mobilizar durante o recesso do Senado Federal - marcado para iniciar em 16 de julho - para convencer parlamentares da casa a retirar assinaturas do pedido de prorrogação para mais 90 dias da CPI. A prorrogação começaria a valer a partir de 7 de agosto.
Segundo informações do O Globo, o medo dos senadores é que, com o provável recesso, a CPI esfrie e parte dos parlamentares seja atraída pelo governo, desistindo de apoiar o pedido de prorrogação.
A prorrogação foi pedida pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ela contou com 31 assinaturas, apenas quatro a mais do que o necessário. Entretanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RO), disse que só vai analisar o pedido após o recesso, o que deixa a CPI em uma incerteza sobre a prorrogação.
Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-RS) e Jorge Kajuru (Podemos-SP) entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir a prorrogação e a continuidade das investigações.
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