"O país ficou estupefato com a maneira com que ele respondeu a esta Comissão Parlamentar de Inquérito", disse o senadorReprodução

Por O Dia
A CPI da Covid ouve, nesta sexta-feira, 8, o servidor do Ministério da Saúde William Amorim Santana sobre o contrato com a Bharat Biotech para aquisição da vacina indiana Covaxin. Após a fala inicial do depoente, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), ressaltou a importância dos trabalhos da CPI e rebateu as críticas feitas à comissão pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta quinta-feira.

“Sabemos que milhares de vidas poderiam ter sido salvas com decisões acertadas, embasadas cientificamente e responsáveis contra o obscurantismo medieval”, pontuou o senador.

O relator também rebateu a fala do presidente Jair Bolsonaro em live nas redes sociais na última quinta. Durante a transmissão, o presidente elevou o tom ao afirmar que não iria responder à carta enviada pela Comissão. "Vocês sabem qual é a minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para a CPI. Não vou responder nada", afirmou o chefe do executivo.

“Ontem nós mandamos uma carta ao presidente da república e o país ficou estupefato com a maneira com que ele respondeu a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. A escatologia proverbial do presidente da República recende ao que ocorreu no seu governo durante a pandemia”, disse o relator.
Segundo Calheiros, a CPI seguirá investigando qualquer nome necessário, seja civil ou militar e, conforme provas forem apresentadas, a CPI cobrará a punição dos responsáveis.
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"Nós não vamos investigar instituição militar, longe de nós. Nós temos responsabilidade institucional. Agora nós vamos, sim, investigar o que aconteceu nos porões do Ministério da Saúde", afirmou.
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