Ministro da Saúde, Marcelo QueirogaMarcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com o ministro, apesar do projeto ser "meritório", colocar os medicamentos direto no sistema de saúde suplementar após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suprime etapas importantes do processo de avaliação dos medicamentos.
Para Queiroga, a inclusão da quimioterapia via oral na cobertura obrigatória da saúde suplementar já havia sido motivo de uma lei no passado. Contudo, segundo Queiroga, a saúde suplementar tem um processo próprio para inclusão de medicamentos no seu rol, um processo que, como classificou, "às vezes é moroso", o que leva à insatisfação de beneficiários.
"Então, esse projeto de lei visava a atender essa questão", explicou. "Ocorre que não é só a questão do tratamento oncológico, existe uma outra série de muitas demandas de incorporação da saúde suplementar e também na saúde pública que requer a mesma celeridade e a mesma atenção", disse o ministro, acrescentando que defende que o ministério da Saúde tem de resolver o problema e "não tratar o sintoma".
Segundo o ministro, a ideia do Ministério da Saúde para lidar com o problema é propor ao Poder Executivo a edição de uma Medida Provisória que crie um procedimento administrativo para incorporação de tecnologias no âmbito da saúde suplementar, ao moldes do que existe no Sistema Único de Saúde (SUS), com a Comissão Nacional De Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
Após críticas, o presidente Bolsonaro também justificou o veto, mas usou um argumento diferente. Segundo o presidente, o projeto foi vetado por não apresentar uma fonte de custeio, e caso ele sancionasse a matéria, corria risco de cometer crime de responsabilidade.
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