Defendida por Lira, Bolsonaro diz que proposta de semipresidencialismo é uma 'besteira'
Neste mês, Lira afirmou que defende a ideia é que a medida passe a valer a partir das eleições de 2026
DF - CORONAVÍRUS/CRISE/BOLSONARO/REUNIÃO - POLÍTICA - O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido)(c), entre os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux (e), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)(d), acompanham o discurso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)(à frente), durante um pronunciamento no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quarta-feira, 23 de março de 2021. Mais de um ano após o início da pandemia de covid-19, Bolsonaro anunciou hoje a criação de um comitê para coordenar ações no Brasil contra a doença. A formação do grupo foi definida em reunião do presidente da República com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), do procurador- geral da República, Augusto Aras, governadores e ministros, que também participaram do anúncio. - ESTADÃO CONTEÚDO
DF - CORONAVÍRUS/CRISE/BOLSONARO/REUNIÃO - POLÍTICA - O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido)(c), entre os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux (e), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)(d), acompanham o discurso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)(à frente), durante um pronunciamento no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quarta-feira, 23 de março de 2021. Mais de um ano após o início da pandemia de covid-19, Bolsonaro anunciou hoje a criação de um comitê para coordenar ações no Brasil contra a doença. A formação do grupo foi definida em reunião do presidente da República com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), do procurador- geral da República, Augusto Aras, governadores e ministros, que também participaram do anúncio.ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta quinta-feira, 29, o semipresidencialismo e afirmou ser uma "besteira" a proposta de mudança no sistema de governo brasileiro. Na última semana, a proposta ganhou destaque após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defender que parte dos poderes do presidente passe para um primeiro-ministro.
Neste mês, Lira afirmou que defende a ideia é que a medida passe a valer a partir das eleições de 2026.
"Alguns falam em semipresidencialismo para 2027. Isso é besteira", disse Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.
O presidente ainda continuou debatendo o motivo de não concordar com a medida. "Você pode ver, pega o Estado de Roraima tem mais ou menos 500 mil eleitores. Então, tem gente que está com mil votos aqui dentro. Meu filho está com 2 milhões. O peso é o mesmo. Não vai mudar o caráter da pessoa ter mil votos ou 2 milhões de votos. Quem é mais propenso a fazer besteira é o inteligente mesmo. O burrinho é pego no primeiro desvio, derrapa na primeira curva", disse ele.
O sistema é defendido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é contrário ao modelo atual do sistema político brasileiro.
Na Câmara, há uma Proposta de Emenda à Constituição para a discussão do semipresidencialismo. De autoria do deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), o texto ainda precisa ter o mínimo de assinaturas necessárias para ser analisado.
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No dia 19, através das redes sociais, Lira falou que o projeto irá diminuir a "instabilidade crônica que o Brasil vive há muito tempo". "Acabou a época de projetos esquecidos nas gavetas. E o semipresidencialismo é mais um desses. Surgiu antes da crise atual. Não é invenção minha. Podemos, sim, discutir o semipresidencialismo, que só valeria para as eleições de 2026, como qualquer outro projeto ou ideia que diminua a instabilidade crônica que o Brasil vive há muito tempo", escreveu Lira.
Ainda no Twitter, Lira disse que é seu papel colocar os temas apresentados em discussão na Câmara. "Esse é o nosso trabalho, essa é a nossa obrigação. Pressões são normais mas aceitá-las ou guiar-se por elas pode não ser a melhor prática. Como presidente da Câmara, estimulo o debate, tento trazer ao debate público soluções para os problemas do país. E é o que continuarei a fazer em cada dia do meu mandato", escreveu.
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