Um incêndio de grandes proporções atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira, nesta quinta-feira, 29, em São Paulo. O Corpo de Bombeiros informou que recebeu um chamado do endereço onde parte do acervo cultural, incluindo arquivos dos primórdios cinematográficos do país é guardado. O edifício principal da Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, não foi atingido.
As chamas ocorreram durante a manutenção do ar-condicionado por uma empresa terceirizada, que foi contratada pelo governo federal, para fazer a manutenção. Três salas que que abrigavam filmes produzidos entre 1920 e 1940 foram atingidas, e documentos impressos também foram perdidos.
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João Doria, governador do Estado, se pronunciou através de suas redes sociais, criticando o que chamou de "crime contra a cultura do país". "O incêndio na Cinemateca de São Paulo é um crime com a cultura do país. Desprezo pela arte e pela memória do Brasil dá nisso: a morte gradual da cultura nacional", afirmou.
O Corpo de Bombeiros informou que o incêndio foi controlado as 19h20. Segundo o porta-voz da corporação, major Palumbo, não há vítimas no local.
Em agosto de 2020, 52 funcionários da Cinemateca Brasileira foram demitidos pela Associação Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), instituição que entregou ao governo a responsabilidade de gerir o local. Funcionários da entidade, vêm reclamando do descaso do governo e da falta de repasse de verbas desde então.
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