Presidente da comissão, Omar AzizPedro França/Agência Senado
Omar Aziz afirma que pedido de quebra de sigilo contra Jovem Pan não será votado
Requerimento do relator da comissão, Renan Calheiros, foi alvo de críticas por parte de outros senadores e da imprensa
Rio - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid recuou e decidiu retirar da pauta a quebra do sigilo bancário da rádio Jovem Pan. O requerimento, apresentado pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), provocou críticas de outros senadores e de organizações de veículos de imprensa.
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A decisão foi anunciada pelo presidente da CPI, Omar Aziz. Ao Broadcast Político, ele afirmou que não há "nenhum fato" que justifique a quebra do sigilo bancário da emissora. "Seria entrar na mesma linha do Bolsonaro: quando discorda de alguém, esculhamba", afirmou o senador. Em coletiva de imprensa, Omar Aziz afirmou que não caberia à CPI acessar o sigilo de uma emissora de rádio.
No pedido, Renan citou a Jovem Pan como um "grande disseminador" de fake news e vinculou a medida a um conjunto de requerimentos para quebrar o sigilo bancário de portais na internet e integrantes do chamado "gabinete do ódio". O argumento é apurar o financiamento de informações falsas na pandemia de covid-19.
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De acordo com Omar Aziz, no entanto, Renan Calheiros não sabia da apresentação do requerimento e atribuiu a autoria à assessoria. No domingo, 1, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou uma nota de repúdio à tentativa de quebrar o sigilo bancário da rádio. Além da Abert, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) também se manifestou contra a iniciativa.
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