Deputado Marcelo Ramos, vice-presidente da CâmaraPablo Valadares/Câmara dos Deputados

Brasília - O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), classificou a votação da PEC do voto impresso no plenário da Casa como uma "derrota acachapante do governo". A proposta precisava de pelo menos 308 votos favoráveis para não ser 'enterrada' na Câmara, mas obteve apenas 229 votos favoráveis e 218 contrários.
"Se considerar que essa tem sido a pauta mais importante para o presidente da República, que potencializou todas as suas energias e mobilizou suas milícias digitais para constranger e ameaçar deputados e deputadas, podemos ver uma derrota acachapante do governo", disse em entrevista ao UOL.
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Ramos, porém, diferentemente de Arthur Lira (PP-AL) — que disse que a discussão está encerrada na Câmara —, acredita que Bolsonaro pode tentar voltara pautar o assunto mesmo após o revés. Segundo o vice da Casa, para criar "crises artificiais".
"O presidente Bolsonaro não sabe governar, não sabe oferecer respostas ao desemprego, à fome, ao fechamento de empresas, à desindustrialização do país. Então, ele precisa criar crises artificiais para justificar sua presença na presidência da República", disse Ramos.
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"O debate é absolutamente legítimo e milhares de brasileiros se envolveram por boa vontade, mas ele foi sequestrado por uma seita que resolveu utilizar esse debate para confrontar a democracia e os tribunais".