Penhasco em Dourados, onde a indígena foi assassinada Divulgação Polícia Civil

Campo Grande - Uma criança indígena de 11 anos da etnia Kaiowá foi assassinada ao ser jogada de um penhasco após sofrer estupro coletivo na aldeia Bororó, no município de Dourados (MS). O caso aconteceu na madrugada da última segunda-feira (9). Segundo a polícia, o tio da criança já abusava sexualmente da vítima há anos.

O tio da vítima confessou o crime durante depoimento prestado à polícia. Ele e mais quatro homens foram presos. Até agora, oito pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. 
Três adolescentes que estupraram a criança foram apreendidos e estão internados provisoriamente na UNEI (Unidade de Internação Masculina) Laranja Doce, em Dourados. Os dois adultos estão no presídio estadual de Dourados e devem passa por audiência de custódia nesta quarta-feira, 11.

A suspeita é que os abusos aconteceram aos cinco anos de idade, pelo tio, quando ela foi morar na casa da avó. Os pais da criança não foram identificados e nem possuem paradeiro. Além disso, segundo a polícia, os integrantes da aldeia tem problemas interpessoais. 
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Conforme o que foi apurado pela polícia civil, dois adolescentes arrastaram a menina para perto do penhasco e lá, junto com outro jovem, abusaram sexualmente da menina. Ao notar a ausência da sobrinha em casa, o tio saiu para procurá-la e quando a encontrou, decidiu participar do crime. 
Segundo os criminosos, a criança foi jogada do penhasco ao dizer que denunciaria os homens à polícia. Ela foi encontrada em meio a pedras, sem roupa e com a perna direita dilacerada, devido à queda de aproximadamente 20 metros de altura.

Todos os suspeitos foram presos pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e estupro de vulnerável.