Ministro da Educação, Milton RibeiroIsac Nóbrega/PR

Brasília - Milton Ribeiro, ministro da Educação, voltou a defender que algumas crianças com deficiência não estudem na mesma sala de outros alunos. Na última segunda-feira, 23, o representante educacional do governo disse que não quer "inclusivismo" e argumentou que certos graus e tipos de deficiência necessitam de classes especiais.
"Nós não queremos o inclusivismo, criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar", disse em entrevista à rádio Jovem Pan.
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Segundo o ministro, 12% das crianças com deficiência nas escolas públicas têm um grau que "impede dela ter o convívio" dentro da sala de aula. Ele então comparou essas crianças com atletas paralímpicos.

"Isso é interessante, porque esse diagnóstico de limitações que as pessoas possuem é um diagnóstico feito pela sociedade. Estamos no meio das paraolimpíadas, nós descobrimos que tem pessoas que têm limitações físicas, no caso, que não podem competir com outras que não tem. Nesse paralelismo, embora com grandezas diferentes, foi que eu usei me referia a esses 11,9%, 12%", explicou.
De acordo com o ministro, entre essa porcentagem de estudantes que não teriam condições de acompanhar estão cegos, surdos e alguns graus de autismo.

"Dentro desses 12% temos algumas crianças que têm problemas de visão, elas não podem estar na mesma classe. Imagina uma professora de geografia: "aqui é o rio Amazonas” para uma criança que tem deficiência visual, são elas também. Tem outras que são surdas, por exemplo, tem uma gama de crianças, tem alguns graus de autismo e tem um grupo que a gente esquece que são os superdotados, que também estão nesse grupo, que precisam de uma atenção especial", disse o ministro.