CPI da Covid: Renan Calheiros inclui ex-diretor da Saúde e sócios de empresas na lista de investigados
Comissão também aprovou a convocação do motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, apontado como responsável por sacar R$ 4,7 milhões em espécie, na boca do caixa, para a VTCLog
Relator da comissão, senador Renan Calheiros - Marcos Oliveira/Agência Senado
Relator da comissão, senador Renan CalheirosMarcos Oliveira/Agência Senado
Brasília - O relator da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), informou ao colegiado, na abertura da sessão nesta quarta-feira, 25, que decidiu incluir mais três nomes na lista de investigados pela comissão. São eles: Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, e Emanuel Catori, sócio da Belcher.
Na abertura dos trabalhos desta quarta, 25, Renan Calheiros propõe os nomes de Roberto Dias, Emanuel Catori e Francisco Maximiano como investigados pela #CPIdaCovid. #ODiapic.twitter.com/mbhUIlLC1x
O pedido de inclusão foi entregue por Renan ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), nesta quarta-feira, 25. O entendimento da cúpula do colegiado é que a decisão do relator transforma as pessoas oficialmente em investigadas. Governistas, porém, argumentam que a inclusão precisa ser aprovada pela comissão, o que ainda não ocorreu.
A comissão também aprovou o requerimento do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de convocação do motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva. Ele é apontado como responsável por sacar R$ 4,7 milhões em espécie, na boca do caixa, para a VTCLog. A empresa, investigada pela comissão, teria movimentado R$ 117 milhões nos últimos dois anos em operações consideradas suspeitas.
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120 dias de CPI
O relator apresentou um balanço sobre os 120 dias de trabalhos da CPI. "Graças à luz colocada pela CPI, o governo foi obrigado a mudar de conduta. Cancelou o contrato fraudulento da Covaxin, demitiu servidores que pediam propinas, cancelou negociações com atravessadores, comprou vacinas, parou de alardear sobre a fraude do tratamento precoce, fez influenciados e sites de fake news apagarem posts que agravaram a pandemia e fez até o filho negacionista do presidente se vacinar e postar nas redes sociais", disse Calheiros.
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O parlamentar confirmou, ainda, que deve entregar o relatório final na segunda quinzena do próximo mês.
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