Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)AFP
Reeleição
Bolsonaro reafirmou, na mesma entrevista, que não tem certeza se irá disputar a reeleição no pleito de 2022. Segundo o chefe do Executivo, até o ano que vem, "tudo pode acontecer". Bolsonaro, no entanto, pondera que parte da dúvida é sobre não ter uma legenda para o pleito. "Não consegui até o momento ter um partido para dizer que vamos disputar as eleições", declarou.
Apesar das incertezas, o presidente disse que já tem planos para a formação de um novo governo. De acordo com Bolsonaro, se disputar o pleito, seus interesses principais se referem à formação de uma bancada de senadores e de deputados federais. Já sobre governadores, o chefe do Executivo sinaliza interesse, mas pontuou que é "segundo plano". Desde o início da pandemia, Bolsonaro trava um conflito com os chefes estaduais sobre os rumos das medidas de contenção à covid-19. Mesmo reconhecendo que precisa de aliados para o cargo no Executivo, Bolsonaro relembra que, nas eleições de 2018, "meu aliado foi o Brasil".
O presidente reiterou suas críticas à urna eletrônica e afirmou que, na exposição que fez em suas "lives" semanais, conseguiu provar que o sistema é frágil. Bolsonaro reforçou que seu desejo é por eleições "limpas e democráticas".
Apostando nas acusações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fraude nas urnas eletrônicas, Bolsonaro se posicionou sobre o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), que foi alvo de uma ordem de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na sexta-feira (20).
O chefe do Executivo reforçou que o deputado é aliado, mas não porta-voz, e defendeu que o parlamentar tem direito à liberdade de expressão. "Não acredito em guerra civil", disse. "Não provocamos nem queremos isso", esclareceu. Segundo Bolsonaro, no entanto, ele não pode se responsabilizar pelas opiniões emitidas pelo deputado, que está sendo processado por Alexandre de Moraes depois de ter xingado o ministro nas redes sociais, com impropérios como "lixo" e "esgoto".
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