CPI da Covid vai ouvir nesta quarta-feira, 1, o advogado Marcos Tolentino da Silva, apontado como sócio oculto da empresa FIB BankJefferson Rudy/Agência Senado

Brasília - A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira, 1, o advogado Marcos Tolentino da Silva, apontado como sócio oculto da empresa FIB Bank. A convocação foi sugerida pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo o parlamentar, a FIB Bank forneceu à Precisa Medicamentos uma garantia irregular no negócio de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.
Randolfe destaca que a garantia oferecida no contrato de R$ 1,61 bilhão é do tipo fidejussória, o que não estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech. De acordo com o contrato, a garantia para cobrir 5% do negócio (R$ 80,7 milhões) deveria ser uma fiança bancária, um seguro-garantia ou uma caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.
O senador destaca ainda que a “carta de fiança” oferecida pela FIB Bank foi apresentada dez dias após o fim do prazo contratual. Ainda assim, o Ministério da Saúde incluiu a garantia fidejussória no sistema de pagamentos do governo federal como se fosse um seguro-garantia.
Marcos Tolentino conseguiu, por meio da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer calado na sessão. No pedido, a defesa do advogado alegou que ele teria uma "grave situação clínico-médica que impede sua exposição física e psicológica ao ambiente da CPI da Covid".