CPI da Covid Jefferson Rudy/Agência Senado

Com o iminente término da CPI da Covid, diversas frentes de investigações iniciadas ao longo dos trabalhos da comissão ficarão sem uma conclusão. Caso o relator Renan Calheiros (MDB-AL) apresente seu relatório final - que já passa das mil páginas - até a segunda quinzena de setembro, quebras de sigilo, denúncias nos hospitais do Rio e rastros de dinheiro que financiam as notícias falsas, por exemplo, não serão mais investigadas pelos parlamentares. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O intuito dos senadores seria o de encerrar os trabalhos da comissão a fim de evitar desgastes políticos por uma possível perda de foco, o que resultará em resultados limitados. Porém, parte dos congressistas avaliam que as 'pontas soltas' que a conclusão precoce dos trabalhos deixaria poderia causar uma imagem negativa a comissão.
Muitos defendem estender o prazo para o término dos trabalhos. Inicialmente, Calheiros havia definido que apresentaria seu relatório no dia 22. Até o momento, o colegiado da CPI teve acesso a 2.434 arquivos e ainda não há uma definição do que será feito com o material ao fim das investigações. Alguns possuem acesso sigiloso.
"Estamos simultaneamente trabalhando em duas direções: avançar nas investigações e desenhar o relatório. Todos os documentos chegarão a tempo de serem utilizados", explicou o relator da comissão.