Governo de Minas Gerais volta atrás e anuncia que vacinará adolescentes com ou sem cormobidadesFoto: Rômullo Espíndola
Governo de Minas Gerais volta atrás e anuncia que vacinará adolescentes com ou sem comorbidades
Medida é contrária a recomendação feita pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (15)
Belo Horizonte - O Governo de Minas Gerais voltou atrás e anunciou, nesta sexta-feira (17), que vacinará adolescentes com ou sem cormobidades. A medida é contrária a recomendação feita pelo Ministério da Saúde na última quarta (15).
O recuo foi confirmado pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccherett durante evento realizado hoje. "Recebemos com muita surpresa essa nota técnica do Ministério da Saúde, ela foi emitida na noite de quarta-feira sem discussão com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), os secretários estaduais e municipais e a Anvisa. A Anvisa reafirmou que a vacina é segura para os adolescentes e, diante disso, o estado de Minas Gerais está liberando, pela deliberação que já existia, a vacinação de todos os adolescentes. Não existe nenhuma restrição técnica para a vacinação", declarou Baccheretti.
Ainda segundo o secretário, a imunização dos adolescentes vai depender do envio de vacinas por parte do Ministério da Saúde. "Os municípios que têm doses suficientes de Pfizer para fazer o reforço de idosos e imunossuprimidos e vacinar adolescentes com comorbidades, se ainda tiverem mais vacinas, poderão vacinar adolescentes sem comorbidades, porque a Anvisa, que é o órgão técnico, já confirmou que essa vacina pode ser utilizada", complementou.
Entenda o caso
Na noite da última quarta-feira (15), o Ministério da Saúde divulgou uma nota recomendando que os estados não vacinassem adolescentes sem cormobidades. O comunicado se tornou público no mesmo dia em que o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que "sobra vacina no Brasil". Além disso, o ministro também afirmou que voltou atrás na recomendação por "cautela com eventos adversos". O novo posicionamento da pasta vai contra a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já considerou seguro o uso dos imunizantes que combatem a Covid-19 em adolescentes.
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