O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)ROQUE DE SÃ/AGêNCIA SENADO
Presidente do Senado diz que' tem faltado respeito ao País, especialmente na relação entre Poderes'
Rodrigo Pacheco participou de um evento com empresários do setor de supermercados ao lado dos ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e João Roma (Cidadania)
Brasília - Mesmo após recuo recente do presidente Jair Bolsonaro nos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que tem faltado respeito com o País na relação entre os Poderes. O presidente do Senado participou de um evento com empresários do setor de supermercados ao lado dos ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e João Roma (Cidadania).
O senador fez um discurso cobrando união nacional, respeito, responsabilidade fiscal e otimismo com o País. Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, Pacheco criticou o que chamou de negacionismo e afirmou que a pandemia de covid-19 não deveria ter sido menosprezada.
"Considero que tem faltado respeito ao País, especialmente nas relações instituições, nas relações entre os Poderes, permitindo-se inclusive discutir essas relações através de redes sociais ou coisa que o valha, quando isso deveria estar sendo discutido em alto nível com respeito entre as instituições, entre os Poderes, porque esse é o exemplo que será dado à sociedade", afirmou Pacheco.
Ao falar da pandemia de covid-19, o presidente do Senado afirmou que a doença foi menosprezada no País e deveria ter sido alvo de um enfrentamento desde o início. A fala foi feita após o ministro Onyx Lorenzoni defender Bolsonaro e afirmar que o presidente foi a primeira autoridade a falar em ações contra o vírus e ao mesmo tempo preservação da economia.
No discurso, Pacheco afirmou ainda que ninguém aceitará retrocessos ao Estado Democrático de Direito e à democracia no País. O senador também disse que as discussões políticas e eleitorais devem ficar para 2022. "Não podemos nos render ao negacionismo ou ao negativismo que fazem com que nós estejamos desestimulados com o Brasil. É preciso estar estimulado com o Brasil e com as oportunidades que nós temos."
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