Belo Horizonte - O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que localizou um corpo nas áreas de buscas da tragédia de Brumadinho na manhã deste sábado (2). De acordo com a corporação, a estrutura óssea da vítima está preservada, mas ressaltou que apenas a Polícia Civil poderá determinar se é uma das vítimas da tragédia.
O corpo foi encontrado mais de 2 anos e oito meses depois do estouro da barragem da Vale na cidade mineira. A tragédia aconteceu em 25 de janeiro de 2019, matando 261 pessoas. Outras nove ainda estão desaparecidas.
A vítima, segundo os bombeiros, foi localizada por volta de 11h, em local próximo ao último corpo encontrado. Em agosto, a corporação localizou o corpo de Juliana Resende Silva. Ela era mãe de gêmeos e esposa de Dennis Silva, também morto na tragédia.
Os Bombeiros ressaltaram que manterão os trabalhos de buscas até a localização dos nove desaparecidos.

Confira os nomes de vítimas desaparecidas na tragédia

  1. Angelita Cristiane Freitas de Assis
  2. Cristiane Antunes Campos
  3. Lecilda de Oliveira
  4. Luís Felipe Alves
  5. Maria de Lourdes da Costa Bueno
  6. Nathalia Porto Araújo
  7. Olímpio Gomes Pinto
  8. Tiago Tadeu Mendes da Silva
  9. Uberlândio Antônio da Silva

Indenização para sobrevivente

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou a mineradora Vale a indenizar em R$ 100 mil um sobrevivente do desastre de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro de 2019, que matou 270 pessoas. 
O homem trabalhava no local durante o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, mas conseguiu escapar do mar de lama. Na ação judicial, ele afirmou que chegou a temer pela própria vida. 
O motorista adicionou que precisou custear tratamento psicológico após testemunhar a morte de colegas e precisar lidar com traumas do ocorrido. Ele foi diagnosticado com estresse grave e transtorno de adaptação. 
A Vale argumentou na Justiça que o homem, de Sarzedo (MG), a 20km do local do incidente, não conseguiu provar ter sofrido danos passíveis de indenização e que ele não era morador de Brumadinho. Além disso, disse que o homem voltou a trabalhar em 15 dias, o que provaria o bom estado psicológico. No entanto, a juíza responsável pelo caso negou as justificativas da mineradora.