Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e presidente da Câmara, Arthur LiraReprodução
A publicação explica que eventuais correções nos textos podem ocorrer quando a redação final feita pelos técnicos do Congresso não corresponde ao que foi, de fato, aprovado pelos parlamentares. Mas não é o caso do projeto em questão. Permitir que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) limitasse o número de candidatos nas eleições de 2022, como fez o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) , não estava previsto na versão anterior do projeto.
Inicialmente, a lei eleitoral 9.504/97 definia o teto de 150% do número de cadeiras disponíveis para as candidaturas nos grandes estados. Com isso, o jornal exemplifica que São Paulo, com 70 vagas disponíveis, poderia ter até 105 candidatos por partido ou coligação. No caso dos pequenos estados, o teto era de 200%.
Foi essa a composição enviada para a sanção presidencial, mas desagradou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com o jornal, aliados do pepista dizem que havia um acordo político para que o Senado mantivesse o limite único. Com a mudança de planos, a articulação política entrou em cena e o Senado enviou ao Planalto uma retificação satisfatória para Lira. O texto, então, foi sancionado por Bolsonaro com o limite único de 100%.
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