Bolsonaro acusa prefeito e governador de perseguiçãoReprodução

Rio - Após ser multado em Peruíbe, São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro acusou, na noite desta quinta-feira, o prefeito Luiz Maurício (PSDB-SP) e o governador João Doria de perseguição por não utilizar máscara em local público. Durante sua live no Youtube, ele informou que não recebeu nenhum ofício e só ficou sabendo pela imprensa. Sem compromissos oficiais, o chefe do Executivo passou o feriado prolongado no litoral paulista e causou aglomeração por onde passou.
"Fui multado lá em Peruíbe, em São Paulo. Tava lá comendo um pastel e tomando um caldo de cana. Tinha umas 200 pessoas do meu lado. Quem tava tomando caldo de cana, tava todo mundo sem mascara. Tá difícil tomar caldo de cana com máscara, comer pastel também. Ninguém presencialmente chegou e me multou, fiquei sabendo pela imprensa depois que fui multado", disse Bolsonaro.
Durante o desabafo, ele ainda afirmou que o prefeito e o governador de São Paulo participam de um esquema da vacina. "Agora, nós pedimos informação lá ao digníssimo prefeito, que é alinhado ao digníssimo governador do estado de São Paulo, quantas pessoas naquele dia e nos últimos dias foram multadas também. Se bobear, só fui eu multado na cidade. É perseguição ou não é? Ela tá no lobby da vacina, no possível lobby da vacina?", questionou.
Multa de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro foi multado em R$ 500 por não usar máscara ao andar por Peruíbe. Uma de suas aparições foi transmitida ao vivo nas redes sociais. Em um dos vídeos, ele aparece, sem máscara, pegando duas crianças no colo para tirar fotos.
Resistente ao uso de máscara e distanciamento social, Bolsonaro já foi autuado ao menos sete vezes pelo mesmo motivo. Entre elas, ao participar de manifestações – como o ato no 7 de Setembro – e ao visitar Sorocaba e Presidente Prudente, também em São Paulo, e outros três municípios do Vale do Ribeira (SP).