A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou, nesta quinta-feira (15), que está em “diálogo avançado” com a farmacêutica americana MSD (Merck Sharp e Dohme). Duas semanas atrás, a empresa anunciou um medicamento oral, batizado de molnupiravir , capaz de reduzir em cerca de 50% a chance de pacientes acometidos com a Covid-19 serem hospitalizados ou virem a óbito.
Segundo a Fiocruz, as conversas visam definir "a melhor forma de acesso à população brasileira e um modelo de cooperação técnica". Desse modo, as negociações incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.
Estudos com Molnupiravir
Em nota, a Fiocruz também atualizou a situação dos dois estudos em andamento com o molnupiravir. O primeiro é um estudo clínico global multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo (MK-4482-002).
Ele tinha previsão de conclusão em novembro, mas o recrutamento foi interrompido no último dia 1º por recomendação de um Comitê de Monitoramento de Dados independente, já que a análise interina demonstrou que o remédio reduz em aproximadamente 50% o risco de hospitalização ou morte dos pacientes. Assim, ele demonstrou eficácia consistente nas variantes virais Gama, Delta e Mu.
Já o segundo estudo (MK-4482-013), recém-iniciado, avalia o uso de molnupiravir como profilaxia pós-exposição. Nesse caso, o objetivo é evitar a transmissão da Covid-19 entre pessoas expostas ao vírus.
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