FiocruzLeonardo Oliveira/FioCruz
“É preciso destacar os benefícios de proteção coletiva não só para os trabalhadores, mas para suas famílias, crianças, colegas de trabalho e a comunidade. É especialmente importante que se complete o esquema vacinal com duas doses ou dose única, dependendo do imunizante, incluindo a dose de reforço quando houver indicação, para que possamos alcançar um patamar de maior segurança, com pelo menos 80% da população protegida”, afirmam os cientistas.
O quadro geral aponta que os resultados observados nas duas últimas semanas epidemiológicas (10 a 23 de outubro) reforçam a manutenção da tendência de redução dos impactos da Covid-19 no país, demonstrando que a campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais objetivos - o de redução de casos graves que levam à internação e ao óbito. Contudo, os pesquisadores alertam que ainda não se pode falar em bloqueio completo da circulação do vírus e, portanto, da transmissão da doença.
Atualmente, 72% da população brasileira se encontram vacinada com a primeira dose e 53% com esquema vacinal completo. Apenas seis estados apresentam mais de 50% da população com o esquema de vacinação completo. Por outro lado, apesar da melhoria dos indicadores, o Boletim ressalta que a pandemia não acabou e que o país ainda se encontra em uma emergência de saúde pública.
Neste cenário, os pesquisadores do Observatório defendem a importância de se ampliar e acelerar a vacinação. “É fundamental que a população esteja protegida com esquema vacinal completo e que os elegíveis recebam a terceira dose”, pontuam. Os cientistas ressaltam ainda que é primordial proteger os grupos populacionais mais vulneráveis - tais como os idosos e pessoas com comorbidades – além dos mais expostos, principalmente os trabalhadores nos diversos locais de trabalho.
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