O presidente Jair Bolsonaro (sem partido)AFP

Mesmo com as pesquisas recentes que apontam para uma crescente rejeição ao seu governo, Jair Bolsonaro (sem partido) acredita que é amado pelo povo no Brasil. Em entrevista a uma repórter italiana, o presidente disse que a aderência aos seus passeios de moto são um sinal de que o povo o acompanha.
"Me acusam de tudo, não provam nada e o povo me ama. Viu meus passeios de moto pelo Brasil. Centenas de milhares de motociclistas me acompanham, como no sábado próximo vou estar no Paraná dando um passeio de moto. O povo acompanha a gente", disse.
Bolsonaro também falou sobre a gestão da pandemia de covid-19 no Brasil. Ele responsabilizou as políticas sanitárias de isolamento pela alta da inflação - no mês de setembro, o índice ficou em 1,16%, o maior desde 1994, e voltou a defender remédios que não têm eficácia comprovada contra a doença.
"Demos mais de US$ 100 bilhões para governadores e prefeitos e para atender a população obrigada a ficar em casa, não pelo governo federal, mas por imposição de governadores e prefeitos, que perderam tudo, não tinham o que comer", disse.
"Eu tomei hidroxicloroquina. Milhões de pessoas tomaram, quem tomou não teve problema nenhum, mas hidroxicloroquina e ivermectina foram politizadas de modo que começaram a perseguir médicos que receitavam esse medicamento. A verdade: ele cura, curou a mim", completou.
"Floresta úmida"
Para Bolsonaro, o tamanho da Amazônia é o fator que dificulta a preservação da floresta. Ele afirmou que a mata não pode pegar fogo pois é uma "floresta úmida". Em 2020, segundo o Inpe, a Amazônia registrou 89.176 focos de incêndio.
"Amazônia não pega fogo, é uma floresta úmida, é maior que a Europa ocidental, imagine o tamanho dela, a dificuldade para preservá-la, mas no corrente ano, mesmo com falta de chuva, nível de desmatamento e queimada cai bastante."