O religioso é responsável pela paróquia de São Benedito há 30 anos, além de ser o dono de uma rede de ensino com dois colégios e uma faculdadeReprodução
A Arquidiocese também afirmou que o religioso havia sido afastado, mas depois recuou da decisão. Agora a decisão se mantém até o fim das investigações.
"Desde que tomou ciência das denúncias, a Arquidiocese de Belo Horizonte procurou agir com rapidez, mas com prudência, se inteirando do processo, em diálogo com as instâncias oficiais, o que exige respeito a prazos de instituições e agentes do direito. Dialogou também com o sacerdote e com a comunidade paroquial. A Arquidiocese de Belo Horizonte confia que a justiça prevalecerá", informou em nota a instituição.
Em depoimento, uma das vítimas disse que um dos abusos foi na sala do padre. O religioso segurou a vítima pela cabeça quando ela estava contando dinheiro e forçou um beijo na boca. Após isso, os assédios se tornaram frequentes em todas as oportunidades em que permanecia sozinha com o sacerdote. Os abusos aconteceram também na sala paroquial e na garagem da casa paroquial. Foram ao menos 50 vezes de agosto do ano passado até abril deste ano, relatou a vítima.
Outra vítima disse que o padre passava a mão na cintura e nas costas dela, beijava e mandava ela se sentar no colo dele.
O delegado Pedro Henrique Cunha também informou que o padre ainda não foi ouvido. “O inquérito policial demanda um prazo de duas a três semanas para que eventuais novas vítimas se apresentem à Polícia Civil e tenham seus depoimentos colhidos”, explicou.
Defesa
Em nota, o padre José Carlos disse que pediu para se afastar da paróquia e falou que vai aproveitar para cuidar da saúde, seguindo orientações médicas. "Entendam que não estou saindo da paróquia", disse ele.
O religioso é responsável pela paróquia de São Benedito há 30 anos, além de ser o dono de uma rede de ensino com dois colégios e uma faculdade.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.