Motoristas militares viram assessores e ganham 'aumento' de 450% no salárioReprodução Twitter
A manobra de troca de cargo teria sido comandada pelo atual presidente Carlos Henrique Silva Seixas . O salário dos motoristas era de R$ 3.400 por mês e passou para R$ 18,6 mil mensais. A CGU aponta prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Nesse período eles continuaram atuando como motoristas, mas acumulavam a função de assistente.
Um dos documentos que a Folha teve acesso propõe "devido ressarcimento" vo montante à Nuclep. Dentro da estatal o caso foi arquivado após apuração interna que destituiu os motoristas dos cargos. Não houve reparo ao erário.
Em 3 de agosto de 2016 a diretoria-executiva da Nuclep aprovou a oferta dos cargos de confiança aos motoristas. Dois tinham o ensino fundamental completo, e dois, o ensino médio.
Estavam na reunião que selou a promoção o contra-almirante da reserva Carlos Henrique Silva Seixas, atual presidente da Nuclep, e o vice-almirante Liberal Enio Zanelatto. Seixas era diretor administrativo, e hoje é presidente da Nuclep. Zanelatto era diretor industrial da estatal. Hoje, é diretor industrial da Marinha.
Seixas recebe R$ 60,6 mil brutos. Ele acumula o salário da Marinha e o da Nuclep e é um dos 16 militares que presidem estatais no governo do presidente Jair Bolsonaro.
"Atos de nomeação para cargos e funções eram de competência da diretoria-executiva, não havendo acompanhamento nem aprovação do conselho", afirmou o MME (Ministério de Minas e Energia), em nota à Folha.
Os motoristas voltaram para seus cargos de origem em maio de 2018.
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