Sergio Moro em evento de filiação ao PodemosDivulgação/ Sergio Lima
Moro deixou o governo Bolsonaro em abril do ano passado, ao acusar o presidente da República de tentar interferir na Polícia Federal (PF). Desde então, ele se tornou um dos principais adversários do mandatário.
"Eu vi meu trabalho comprometido porque não tinha apoio do governo. (...) Eu não vou ficar no cargo de ministro por prestígio e poder e à custa dos meus princípios até porque não são meus princípios são princípios do povo brasileiro", declarou.
A corte, inclusive, foi pautada na entrevista, quando Moro citou o que chama de "erros" dos magistrados. "Eu tenho um grande respeito pelo Supremo. (...) Agora, forçoso reconhecer que isso é uma crítica que tem que ser feita que, nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal tomou decisões que enfraqueceram o combate à corrupção. É o fim da execução em segunda instância, a transferência de casos de corrupção pra Justiça Eleitoral que está bem preparada pra cuidar desses casos e o caso da anulação da condenação do ex-presidente que, com todo respeito ao Supremo, pra mim foi um gritante erro do Judiciário. Ou vai se falar que não houve saque da Petrobras? Ou vai se falar que não houve ali um esquema de corrupção que durou anos, que era prática do dia a dia contra a Petrobras durante os governos do Partido dos Trabalhadores?", indagou Moro, de maneira retórica.
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