Segundo a Saúde, a investigação de casos de nova variante deve incluir o monitoramento de viajantes com sinais e sintomas declarados por pelo menos 14 dias e, nos assintomáticos, período de 7 diasMarcello Casal Jr/ Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Saúde emitiu nesta sexta-feira, 26, um alerta de "comunicação de risco" sobre a nova variante do coronavírus identificada como B.1.1.529 na África do Sul, nomeada como Omicron pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Direcionado às secretarias de saúde, a pasta orienta que os municípios avisem de forma imediata, caso haja a detecção de caso com a nova variante.  
No alerta, o ministério orienta que, em caso de diagnóstico suspeito em pacientes vindos de países com histórico dessa variante, as secretarias devem monitorar viajantes com sintomas por até 14 dias e sem sintomas por até 7 dias. Segundo a pasta, até a manhã desta sexta-feira, nenhum caso da nova cepa foi identificado no país. 
A "comunicação de risco" é um documento produzido pela pasta para "apoiar na divulgação rápida e eficaz" de dados que ajudem na "tomada de medidas de proteção e controle em situações de emergência em saúde pública". 
De acordo com a pasta, a prevenção e controle para a variante continuam as mesmas já apontadas. Os procedimentos devem ser seguidos "de forma integrada, a fim de controlar a transmissão da covid-19 e suas variantes, permitindo também a retomada gradual das atividades desenvolvidas pelos vários setores e o retorno seguro do convívio social".
A Saúde avalia que a vacinação irá "provavelmente contribuir para a resposta" e "as medidas não farmacológicas continuam sendo essenciais até que as vacinas estejam disponíveis em número suficiente e demonstrem ter um efeito atenuante", como uso de máscara, o distanciamento social e o isolamento de casos suspeitos.
"Entre as medidas indicadas pelo MS, estão as não farmacológicas, como distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de ambientes e isolamento de casos suspeitos e confirmados conforme orientações médicas", diz o comunicado. 
A previsão é de que as equipes continuem discutindo a extensão do que está ocorrendo na África do Sul e os impactos em outros países, incluindo o Brasil, durante o fim de semana.
Restrição de viajantes
Nesta sexta-feira, 26, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a adoção de medidas para entrada de viajantes e restrição de voos vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, em decorrência a nova variante identificada como B.1.1.529.
Em nota publicada, a agência recomenda a suspensão imediata em caráter temporário da entrada de viajantes e voos desses seis países, da autorização de desembarque no Brasil de viajantes estrangeiros com passagem pelos países nos últimos 14 dias.
Na nota técnica, a agência recomenda de quarentena, logo após o desembarque no Brasil, para viajantes brasileiros e seus acompanhantes legais, com origem ou histórico de passagem pelas seis nações nos últimos 14 dias que antecedem a entrada no país.