Em transmissão ao vivo desta quinta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou a aprovação do mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça , indicado por ele mesmo à vaga que antes era ocupada pelo ex-ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho deste ano .
"Se eu não me engano foi em 2017, acho que eu estava em Santa Catarina, onde eu falei, 'caso eu seja presidente, uma das duas vagas para o Supremo Tribunal Federal' será preenchida por um terrivelmente evangélico' ", disse o presidente durante a live.
"Alguns aí [falaram] 'ah, o Supremo é laico'. Pessoal, o Estado é laico, agora, eu, sou cristão", continuou.
Mais cedo, o mandatário também comemorou a aprovação do ex-ministro da Justiça ao Supremo e disse que se tratava de um "dia bastante feliz para os cristãos" . "Hoje, para mim, para todos nós e para os cristãos também é um dia bastante feliz. No dia de ontem, nós conseguimos enviar para o Supremo Tribunal Federal um homem terrivelmente evangélico, um compromisso nosso, de mandar para a Suprema Corte um homem que tem Deus no coração", disse ele durante cerimônia de formatura na Escola de Sargentos de Logística, no Rio de Janeiro.
Apesar de se declarar católico, Bolsonaro sempre teve os evangélicos como alguns de seus maiores apoiadores e já havia mencionado o desejo de escolher um ministro religioso para o cargo em outras ocasiões.
Em 2019, durante um evento da Assembleia de Deus em Goiânia (GO), ele questionou o STF sobre o assunto . "Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?", declarou na ocasião.
O nome do ex-advogado da União foi aprovado pelo plenário do Senado em sessão na noite da última quarta-feira, 1, por 47 votos a favor e 32 contra . Anteriormente, Mendonça também foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 18 votos a 9.
A aprovação do novo ministro se deu após uma espera de mais de quatro meses para que sua sabatina fosse marcada pelo presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que não concordava com a indicação de Mendonça ao Supremo.
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